sábado, julho 30, 2005

Geração Orkut

Dani veio passar as férias de inverno e no outro dia foi embora. fez a bagunça de hábito, sessões de DVD, casa cheia, arrumou um namorado que me apresentou na casa da mãe e me incluiu no Orkut. como eu não abria aqui em casa, ela abriu agora nas férias, registrou, fez o perfil, postou uma foto que trouxe de Porto Alegre, me instruiu nas armadilhas da infovia, incluiu uma fã, um amigo e uma amiga minha de quebra. nem lampejos intelectuais me permitiu. ta bom assim, mas tu pode mudar depois se quiser. quem, eu? nem me atrevo... soube traduzir e colocar o espírito da coisa no texto "quem sou eu: Depois eu digo..." eu não faria melhor. ah, eu pude participar sim, coloquei minha senha, tá.

agora a Dani diz que devo por meu depoimento. ah tá...então é +- assim: A Dani que eu conheço, todos conhecem. ela é sempre a mesma, com todos. mas, ( sempre tem um mas...) com 2 anos armou seu 1º escândalo: decidiu que já era hora de me chamar de Jorge, em vez de pai, com no resto do planeta os filhos costumam tratar aos seus, digamos, pais. paciência. ela sabia tomar decisões. um tanto diferentes, é verdade, mas sabia já o que queria. principalmente a roupa. essa não combina. pra que fui ensinar o que é combinar. depois claro, piorou muito. e esta é apenas a parte da literatura. e a minha sorte. até porque de outro modo estaria louco agora.

mas além de amigas que não param de falar, Dani tem algo que acho fantástico. a noção de transformar sonhos em metas. ela avalia, visualiza e ...vai. decidida. sempre foi decidida. não é bárbaro isso !?

há, postei um comentário lá na página dela. outro né, não esse. e o legal é poder participar da vida dela, assim ela entendendo que não é controle.

foram dias de frio, todos em volta da lareira vendo o filme daquele garoto com um celular que não podia ser desligado. ninguém trabalhou direito na semana. e a noite, quando passei lá, vi que nós aprendemos tolerância e conseguimos ser como uma família, alí ao lado do fogo.

quinta-feira, julho 28, 2005

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Espelho Mágico Mário Quintana

segunda-feira, julho 18, 2005


mas tchê...o pobre do bixo rodô e tombou de boléu. diz que pra anjo caido assim só o beijo doce de uma estrela resolve. alma valente, coração puro. Posted by Picasa

domingo, julho 17, 2005


etapa gaúcha do brasileiro de MTB Posted by Picasa

____Möµñ†ä¡ñ ß¡kë Qµä®äí____M䆆íä§

Mattias é filho de pai brasileiro e mãe uruguaia. não é só isso. os pais, os dois, elegeram o esporte parte fundamental em suas vidas. não bastasse isso, Mattias treina com o pai. mais ainda, os avós participam, torcem, apoiam.
Cruzei com Mattias na rua na quarta-feira, e naquela naturalidade dele me disse, estou indo disputar o brasieliro.

dizia para Cláudia seu filho é especial... su niño se vá muy lejos...
ia ao Canal Cable Nort Visión levar textos ou ver a edição de um comercial mas gostava de vê-la entusiasmada. mesmo assim ela ainda valorizava mais as notas e a seriedade.
acabou cabendo a ela e a avuela - no dia das mães, entregarem o prêmio da edição 2004 do Butiazal.
neste 2005 teve até carro de apoio. toda família veio vindo...

e ele indo. lidera o estadual em sua categoria, assim, discreto, ao natural.

o campeão brasileiro vai correr, disse ele. tu também vais disse eu.
sexta eu passo aqui. não passei. faltei a capoeira também. não visitei o Vitor. será a chuva?

ta Mattias tô voltando. pra assumir de novo o posto. tráz as fotos.

vaya con Dios.

terça-feira, julho 12, 2005

A Guerra Contra as Drogas se Vence em Casa

OLÁ amigos !!

Estamos na metade final deste 7º Congresso do Grupo Amor Exigente. É na verdade uma maratona onde acontecem palestras bem intercaladas com mesas redondas que acabam fechando o foco num determinado assunto. Assim, iniciamos na quinta-feira com o Gen. Uchoa Secretário da SENAD dando a visão oficial do governo federal para a abordagem da drogadição. Em seguida veio o Promotor Público daqui de Mato Grosso do Sul dizer das péssimas conseqüências na prática, que a falta de uma política nacional anti-drogas consistente ocasiona.
(A palestra do General Uchoa na abertura de quinta-feira defendia por um lado o ataque direto à oferta e por outro a educação como melhor arma para coibir a demanda. Já na tese do promotor de justiça aqui do Mato Grosso do Sul isto não está sendo bem feito. Pelo despreparo dos nossos legisladores o que tem-se visto são políticas públicas equivocadas na linha de frente do combate à drogadição. É assim, ao menos, no caso de distribuição de seringas e insumos utilizados por viciados e usuários de drogas injetáveis visando o combate à proliferação da AIDS. O atual governo, apesar de não ser o autor desta política foi duramente criticado, justamente por omissão de pareceres da comunidade médica-científica especializada, contrária, entre outras coisas, à falta de qualificação e do critérios de escolha dos tais "agentes".)

O assunto drogas não começou agora. Começou com a primeira oportunidade que o homem teve para dar uma relaxada, dar uma animada, no primeiro ritual primitivo, no primeiro cerimonial de grupo.
Seria tolice imaginar que foi criado pela sociedade contemporânea e será ingenuidade achar que um dia possa acabar.
O que existe é uma evolução no entendimento do que é a drogadição e os seus efeitos no organismo humano e social. Suas causas sociais, físicas e emocionais.

No entanto, ela se tornou hoje um grande e poderoso negócio a nível mundial. Deixou de ser um protesto romântico do movimento estudantil europeu dos anos 60 ou a propostra da contra-cultura, dos movimentos underground ou da geração hippie norte-americana. Não é mais a explosão do descontentamento de uma geração. Ninguém mais sai de casa para uma viagem ao encontro do oriente místico para "abrir a mente".
O tráfico adotou as leis de mercado e lida como uma grande empresa os seus negócios.
O volume financeiro estimado por economistas ligados a ONU é de cerca de US$ 400 bilhões/ano.

Representa 10% de todo o comércio mundial. Algo que está de tal forma distribuido que não tem como ser freado de uma hora para outra sem que ponha em risco a própria economia global. Diz-se que é hoje a segunda ou terceira grande economia no globo.

Mas é na droga lícita que está o maior problema. Em Campo Grande 68,7 % dos universitários fazem de alguma forma uso do alcool e 96% já o fizeram em algum momento da vida. Este sim é o grande problema mundial. Porque se relaciona com TODAS as outras drogas e é causa dos mais diversos problemas sociais. Nossos jovens fazem uso abusivo do alcool, infelizmente, cada vez mais cedo, precocemente.
Casos de crianças com 9 anos com delirium tremens (o que exige em torno de 3 anos de uso ) não são mais uma raridade.


A ética tem sido freqüentemente citada como indispensável para o resgate da saude pública e para melhor qualidade de vida da sociedade brasileira como um todo. o papel que lhe atribuem na educação inclui a própria reeducação da família. Criar condições propícias para a vida, manter-se as condições para que a vida exista e por fim desenvolver-se plenamente.

Jovens pesquisados em capitais brasileiras apontaram a sua relação com a família e a religião(leia-se espiritualidade, não o ritualismo) para que não tivessem tido feito uso de drogas. é para pensar.
Por outro lado, se há comprovação de que a família é o alicerce estruturante da sociedade, pesquisas na europa demonstraram que solteiros, não religiosos e por fim os sem famílias formam o perfil básico do suicida.
Quanto ao uso abusivo é muito claro a falta de preparo. A maior causa de mortes e de doenças que levam a morte são por ordem o alcool, a hipertensão arterial e por fim o tabaco.

Hoje 5% de nossos jovens até os 18 anos, admitem o uso e o consumo freqüente de alcool. Isto representa 30 % da produção das indústrias de cervejas de nosso país.

Para se ter uma idéia desta relação família-comportamento-consumo-drogas estatísticas apontam o crescimento do consumo de tabaco para os próximos 30 anos, apesar de ser amplamente divulgado seus malefícios e das derrotas das indústrias fumageiras nos EUA por danos conscientes aos seus clientes.
É que a educação desinformada, mitos e valores vigentes durante a infancia e na formação de muitos fará com que se recorram na fase adulta a esta fonte de prazer.

Ainda assim existe muito despreparo para se lidar com o assunto. Não é a droga o problema em si. Mas sim os tipos de relações que se estabelecem através dela.
Está é no encontro de uma pessoa (e suas condições/limitações/estrutura) com uma substância( legal ou ilegal) e uma sociedade ( em conflito com seus valores, família, espiritualidade, materialismo, mudanças, etc).
Esta crise é, como nos ensinaram os orientais nos anos 60, a oportunidade da mudança para o crescimento. O momento é de tranformação, talvez global, talvez em cada aldeia desse mundo globalizado. E essa tranformação se dará com o poder do conhecimento, pela informação.

Este papel caberá em primeiro lugar à família. Em segundo, mas não menos importante, às escolas, à mídia e à sociedade articulada.