O razão da escolha é significativa, porque o evento na verdade caracteriza talvez a última grande atitude da cultura explosiva e criativa da geração que influenciara o planeta. o rock fora criado à imagem e semelhança de sua identidade jovem, plena, para sempre.
suas referências estão cheias de valores imortais. o amar a vida é tão intensamente vivo que foi o ato definitivamente transgressor. viver tinha que ser absolutamente. não era para menos, começou quebrando limites, entre pretos e brancos, ricos e pobres, lucidez e loucura, feio e bonito, bons e maus, homens e mulheres, países, continentes. mas, sempre aqui e agora. ser jovem é para sempre mas, o preço é alto, é por muito pouco tempo.
a geração que viveu nos 50's, 60's e 70's, como nenhuma outra, foi capaz de significar mudanças culturais profundas e significativas. ela trouxe consigo esta associação música+atitude=transgressão cultural.
bem, pelo menos até ser inventada a fórmula para o sucesso. aí, descobriu-se o coreógrafo de palco, a ascendência dos diretores de marketing e o poder das gravadoras com as suas set-list e até mesmo o ultrajante playback. mas, nunca para sempre, só até ressurgirem das cinzas com Ramones e Clash à frente do movimento dos subterrâneos do punk-rock londrino e de Nova York. foi um últimato aos sentidos. um último suspiro dos corações rebeldes. talvez.
o que importa é que, de forma inédita, em 85 o evento de Bob Geldof foi transmitido para todo o mundo e com a participação de artistas tri-cools e bandas clássicas como The Who, Madonna, Led Zeppelin, Dire Straits, Queen, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Joan Baez. Em 2005, o mesmo Geldof organizou o Live 8, maior e em com shows em mais países, para pressionar os países ricos, líderes do G8, a perdoar a dívida dos países pobres.
trazer e expor à público as grandes causas sociais, derrubando a hipocresia do discurso preconceituoso. isto é atitude. é a alma rock latejando.
depois, se torna história.
e a História do rock, começa no final da década de 40 e início dos anos 50, nos Estados Unidos, e se espalhou pelo mundo. há controvérsias sobre qual foi a primeira gravação do rock, que marcaria o início do gênero musical, mas com certeza não foi com o esperto Bill Harley que teve a percepção do novo diante dos seus olhos e ouvidos, e aí partiu para o abraço da glória com uma das primeiras e mais famosas canções - Rock Around The Clock- em 1955.
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